sábado, 13 de junho de 2009
colheres e facas
Mais. Tinha que ser mais. É claro que tinha que ser mais.
E eu, tão distante, continuo aqui. Mas essa sou eu, já não mais consigo reagir bem a mim. E eu sei que continuo aqui, lutando contra você, e acho que descobri que não fui feita pra isso. Você que me desculpe de todo o coração. Esse é um adeus por conseqüência de tudo: de coisas maiores, essas incertezas, perguntas, do passado, do futuro. Preciso algumas vezes de alguém, bem mais forte que eu, mas que tenha as minhas fraquezas também. Preciso de um céu mais azul, preciso ter mais do que produzi. Mas, você sabe, e eu sei, e não adianta negar: essas coisas são assim.
Essa relação sempre foi tão difícil. Você adicionando, eu tirando. Você removendo a sujeira, e eu varrendo o pó. Há algumas décadas. Eu não sei o que deu em mim. Eu só quis procurar pela verdade. A gente nem sempre pode viver em nuvens. E eu acredito. Eu acredito nesse amor. Mas isso nunca é o suficiente. Te amar não é o suficiente. Mas eu já não posso mais. E eu sei que minhas desculpas não vão valer nada, são 1 centavo no meio de notas de 50 reais. Talvez eu complique demais, talvez eu me preocupe demais, sou fraca demais, dificulto demais. Talvez. Minha crença baseada em milhares de talvez. Minha inconstância me atinge, minha ambiguidade me mata. Essa obrigação me aflige. Acho que quero seguir o mundo, não consigo ser maior.
Eu devo sempre pedir por ajuda mesmo achando que posso fazer tudo sozinha? Eu me preocupo demais quando piso em seus templos, já abri mão de tanta coisa que meu coração queria.
Eu preciso tirar esse peso e aceitar essa distância, por um tempo.
Já volto.
Eu sei que essas coisas vão ficar bem.
...