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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Nostalgia e saliência

Às vezes me vêm a cabeça um sentimento de quando eu queria ser a mais punk da minha escola. Eu tinha alguma certeira vontade de gritar com os professores, com os policiais, dos pastores. Descobrir uma banda boa me dava alguns frios na espinha e botava um sorriso no meu rosto que ninguém conseguia tirar. Andar de skate, escutar música no discman, selinho escondido na esquina, demora pra voltar pra casa, faltar de escola pra ir pro centro, comprar cigarro no bar de frente, nos escombros do lado da quadra, deitar na arquibancada, não jogar futebol, se esconder nas escadas, pixar com caneta as paredes, cerveja na sala, educação física nem pensar.
No final do dia, lá no fundo de casa dançava, cantava e deitava no chão acimentado com plantas e pensava nos meus dias em 5 anos (turnê, banda, palco, tudo independente).
5 anos se foram, e acho que a paixão foi suprimida: pelo contra, pelo que tá abaixo do chão, pelo que está for fora das linhas. Meu sonho punk foi cortado no meio pela minha arrogância e experiência. Por eu ter conhecido alguém que quebrou tudo isso, com a sua filosofia e crença de que o mundo é bonito sim - é só a gente enxergá-lo assim. Não tentar mudá-lo e ficar só vagando.
Igreja. Dominical. Senta na cadeira direitinho. Deus seja louvado.

.hipérbole.

Mas eu não quero ser uma merda andante que acha que tá tudo bem contanto que te dêem uma bala que te alegra por 3 minutos; não quero achar que consegui tudo: eu ainda tenho que mudar o mundo.
Não quero acordar e só dizer oi pra luz do sol, eu quero pegá-la, fazê-la minha e deixá-la mais brilhante, porque mais cedo ou mais tarde vai vir o fim do dia - me preparar pra noite é o que eu tenho que fazer. Quero olhar pras estrelas e ainda perguntar porquê, como, quando, se.  Me esqueci que ninguém nunca vai estar por mim além de mim mesma. Eu que tenho que me foder, eu que tenho que levantar. Que tudo é vazio até a medida que eu o encho, que alegria é temporária, felicidade é você estar bem com você mesma e conseguir seguir em frente tendo a consciência tranquila, sabendo que você tá correndo certo, que se você não fizer com o coração vai ter muitos que farão por você mas não serão como você.  Me levantar e dizer: essa é a minha verdade, sou eu que me faço. A diferença de fato é você conseguir botar o pé no chão frio ao se levantar e dizer que ainda está aqui.

Contra a corrente.
Contra todos.
Contra tudo.

É disso que eu sinto falta.
Mas nostalgia é quando a gente não consegue resgatar o que um dia fomos.
Que bom saber que eu ainda posso ser punk de todo o meu coração e pixar nas paredes de um mundo hostil e pronto a ser dizimado por dizer que ele está errado todos os dias da minha vida, até o dia que eu morrer.

Porque viver, pra mim, é isso.