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quarta-feira, 3 de junho de 2009
vinte sóis

Era mais ou menos assim: você sonhava e imaginava aquilo com o coração tão quente e apertado, com um temor aguado, acreditava nos seus passos mas ao mesmo tempo tudo te levava pro mesmo lugar, sua mente só mantia a mesma coisa, teimosia, mesmas pessoas, pensamentos e atos furados. Era a guerra entre você, um mundo interno artificial e alguém. Alguém inútil, que não passava de um alguém tão imaginário como seus sonhos cravados em um lugar do seu corpo, definitivo, sem sutilezas. Mas isso começa a mudar; e muda. E passa um tempo e aquilo que você admirava tanto não mais faz parte de você, os seus desejos passados foram substituídos por outros mais reais, aquilo que você almejava tanto e se esforçava já vem naturalmente sem você pedir mais, morais são mais essenciais que materiais, suas preocupações foram colocadas de lado por às vezes conforto ou por uma desistência do que você não mais é e um alcance do que você é e quer de fato. E começa a saber por si que existe algo além do que você acha que existe, e que seus limites nem sempre são tudo e nem nada, sua música toca um pouco mais alta, serena e independe de todas as essências, sua vida se torna um pouco mais pessoal e ao mesmo tempo coletiva, você a enxerga como aqui, e agora; e não antes, depois, ali e lá. As crianças cresceram, os amigos foram pros seus devidos lugares, construir os caminhos antigos que queriam ou que nem querem mais, mas que seguem mesmo assim, mudando rotas e palavras já proclamadas e planos mencionados, mudam, deixam se mudar por outras grandes novidades, a família se separa um pouco ou se ajunta mais, assim como sua racionalidade perante eles. Conhecer e ter aquelas coisas extraordinárias não é mais tão importante assim, e suas imitações parecem mais patéticas que de costume, aquilo que você achava normal agora é mais do que estranho, desconhecido e distante, nem sempre palavras são menos importante que ações, você acaba não demonstrando aquilo que costumava demonstrar, sua imaginação em relação a algumas coisas fica um pouquinho menos fértil, expectativas animadas e exageros dramáticos não fazem mais parte do seu cotidiano interno/externo, esse interno/externo se torna mais "aqui", dias já são um pouco mais do que apenas dias, você aprende a seguir em frente, seus esforços vêm sem esforços, seu riso já não é mais produzido pelas mesmas graças, um passado que te regredia não se vê mais superior que o presente, as suas raízes não ficam tão expostas no seu coração, afetos desnecessários e semi-obrigatórios não voltam, o fim começa a ser pensado, grandiosidades não sobrepõem as pequenas e algumas coisas começam a ser trazidas para a realidade e a fazerem o devido sentido e outras basicamente, apodrecem com o tempo louco. Mas no meio daquilo e disso tudo alguns medos ficam, alguns outros temores vêm à tona, manias permanecem e talvez até mais fortes, paixões ficam guardadas junto com um sorriso que é mantido apenas com você, às vezes sem ser explícito ou mostrado, às vezes exposto. Só que tem algumas coisas que você vive e acaba esquecendo: algumas delas nunca mudam. E são exatamente essas coisas que você achou que tinham passado, voltam. E os desejos guardados no fundo mais fundo da alma e que foram esquecidos para novos chegarem vêm à mente pra te dizer que finalmente, nós somos reais agora, o seu 'a partir de agora' é agora, e não a partir de amanhã ou mês que vem, o seu coração bate mais por outros, seus nãos e sims vêm sem ser pensados exageradamente, tudo agora (ou quase tudo) está na base do quero ou necessito e não do que eles necessitam ou querem. E não há uma pessoa ou algo que possa ter mais culpa nisso tudo que você.