quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Perder tempo com filmes disfarçados de livros femininos de auto-ajuda: never again. Embora o roteiro é clichê hollywoodiano representado estampando na cara, puro produto de comédia romântica, dizem grandiosamente no final que "Garotas são ensinadas várias coisas quando estão crescendo. Se um cara te dá um soco, ele gosta de você. 'Nunca tente retocar suas próprias franjas. E algum dia você irá encontrar um maravilhoso rapaz e conseguir seu próprio final feliz e seu compromisso um com o outro.' Todo filme que vemos, todas as histórias que nos são ditas, nos implora para esperar por isto." Me lembra aquela força das pessoas e das mães e pais e família ensinarem padrões a meninas quando estão crescendo como a obrigação de ter um marido, uma casa, dois filhos, uma religião, um emprego digno e um cachorro. "Nunca tentar retocar as suas próprias franjas" é uma metáfora certa pra mostrar o quanto somos ensinadas a depender de esperas por finais felizes e esperas por príncipes que vão nos tirar de nossa miserável vida.
Prefiro pensar que sei muito bem retocar minhas próprias franjas e cortar o meu cabelo, obrigada. Idéias de construções de instituições que devo me juntar são proclamadas e cuspidas a mim diariamente, mas é bom saber, e ter certeza, que nunca vou precisar disso pra ter um final feliz. Prefiro não esperar por anel de compromisso nenhum pra construir minha felicidade, me sentir bem e realizada com tudo que sou e tenho. Vivi bastante tempo em um lugar com tanta gente que tinham tudo isso como o que importa em toda uma vida de mulher, mas me sinto bem não sendo assim.
Por enquanto, eu só preciso de mim.