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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Me desapareço entre essas florestas de cimento
Sem flores, com morte
Temo me entregar ao previsível
Ao dinheiro sujo e gosmento
Que me entregam no fim do mês
Às vezes não reconheço no espelho
uma figura alegre e temente
ao deus que adoro, à deusa que respeito

Não sei bem em qual ar respirar
Há tantos pássaros que me dizem pra voltar
Essas moedas que almejo me entregam a morte em buquê
Onde me corta com faca até eu não ter nenhum poder
Lá no sertão de onde minha família veio
Eu sempre penso em burros que falam, em bois que colhem café

Mas esses casos que você me conta
me apelam pras lembranças que só você me deu
Um dia no mundo imitando o homem
Só pra ver que o pior ainda está por vir
Pra escrever uns versos infames de salvação e fome
e de lugares que eu não sei pra onde ir

Medo de entrar naquela máquina e chegar no país grande
e me dizerem pra voltar
Cadê teu papel, menina?
Aqui você não pode ousar
Dos sonhos de quando eu tinha quinze anos
Do beijo que você ousou me dar na esquina daquele bar
Ainda me lembro
Na metrópole sul-americana o verão me tira pra dançar

Mas ainda me enlouqueço todas as manhãs que acordo
e nas noites eu visto roupas de néon
De dia corações asfixiados
Na madrugada uns bares que cantam desastrosas canções
E me dizem pra parar
Salve-se quem puder
A cerveja me grita
Bailando até o apagão vir.