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segunda-feira, 10 de maio de 2010
fogos de artifício em preto e branco

É muita coisa. É muito vazio. É muito buraco que se acumula e forma-se um grande. Maior. Muito maior do que jamais vi. Talvez os limites sejam dados exatamente pelas consequencias que são dadas pela falta de limites. Pelo que vi, toquei, senti. Mas não é meu. Minhas metáforas agora me dizem adeus e trancam a porta. A casa bonita foi destruída. Os laços cortados. Só restou eu. Morri viva. Viva! Morri.

Eu descobri lugares que nunca tinha experimentado. Fui vezes que não participei da celebração. Mas agora só vejo restos. Restos no chão que não consigo limpar, só esquecer. São restos de nada, jogados por quem eu menos esperei. O que faz eu mesma eu mandei para trás. É algo que eu não consigo suportar? Bem, consigo sobreviver. Mas não consigo ver por trás de tudo isso que se esconde por de trás do belo, no inapalpável, do que se sente mas não se consegue enxergar. Eu queria que fosse como a neve: caisse e gelasse e depois derretasse. Assim: com o sol. O sol que um dia me guiou e que fechou as cortinas pra mim. A minha rotina tem me dado chutes pra que eu acorde de vez. Tem me pedido pra sair da minha cama quente, confortável. Como um balde de água fria em um frio de 12 graus.

Você entende, certo?
Existe o fogo - urgência no peito, que me faz respirar, levantar-me. Mas nunca foi o suficiente. Ouço foguetes. Não quero ouví-los. Vou com a corrente que me faz subir por 10 horas. Quando acordo, sinto tudo, menos os retrasados. Meu deserto tem água. É frio. Sopra areia nos olhos. É frio.

Te convido a dançar ao som dos dias que se passam. Você não pode fazer nada a não ser dançar e fechar as janelas quando o sol queima seus braços que não são mais dourados. A descoberta te faz cair no chão.
Então vou ficar por aqui. Espero um incêndio pra que eu possa fugir e no final rugir.
Rugir como um gato doméstico.