le desordre c'est moi
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acho que você não iria querer saber quem eu sou, do que eu gosto e essas coisas que as pessoas fingem querer saber. não sei escrever em blog desde muito tempo (tenho tentado há 7 anos), canso rápido de quase tudo, sou pseudo-bipolar, auto-consciente pacaramba, não sei falar ao telefone, gosto de sol em foto, preto-e-branco, bokeh, luzes à noite, polaroids, colocar o pé gelado embaixo do cobertor no frio, saudade assassinada, banho quente minutos antes de dormir, descobrir coisa por aí, dança com corpo e coração, cachorro, nutella, Schweppes, torta holandesa, Family Guy, desenho de criança, chuva, fotografia, abraço, ffffound, andar de ônibus na chuva ouvindo música, gotas dançando no vidro, assistir a chuva parar, madrugadas vendo filme no quarto, sorvete na praça, domingo no centro, coisas inesperadas, karoake all alone, meia-calça, Belchior, suco de limão, polka dots, Migala, Tom Waits. não gosto de migué fajuto e positividade que não serve pra nada. detesto minha mania de adiar tarefas e roer as unhas e minha falta de habilidade para andar de salto alto. sou assim: contraditória entre meu coração e razão, mas ainda não sei qual dos dois prefiro escolher - a mente às vezes pra não machucar o coração, e o coração pra não enlouquecer a razão. cuidado é o que eu mais quero e expectativa é o de menos - ela corta nossa pele às vezes. às vezes penso em como tenho sorte em ser quem eu sou e estar onde estou. vivo minha vida em desarmonia completa, mas com um pouco de melodia; não consigo organizar pensamentos, penso em tudo, não entendo tudo e nem quero entender e não quero tudo que desejo. nem sempre meus desejos são tão bons quanto penso. gosto de alma quente, coisas simples, gente com moletom de capuz, tirar cutícula, inverno, verão, flanelas, tênis, alargar a orelha e bobagenzinhas bem bobas assim. tenho um fascínio inexplicável com esponjas e espuma, medo de flamingos e cavalos mas os acho lindamente lindos e possuo uma imaginação mais estranha e fértil do que o normal. prefiro cores foscas a cores quentes. amo ler coisa antiga minha pra ver o que eu era (e rir disso), reviver sensações por uns 3 minutos, ventilador no quarto, lembrar os cheiros, acabar mais um semestre, olhar fotos de família antigas, observar passarinhos pulando e o céu das 15:23 (não exatamente nesses minutos), sentir o vento na cara, me resolver, abraços apertados e saber sobre o seu dia. eu dou argumentos ao que não aceito, discuto o que não concordo e o que concordo, estranho o previsível, pressinto o ruim, esqueço o mandado, encaro o nada, me maravilho com as menores e mais estúpidas coisas e as grandes e magníficas deixo de lado, engulo as lágrimas e desperto o choro, escuto música antes de dormir e esqueço de desligar e só percebo que a coisa tá ligada quando acordo, deixo tudo pra amanhã, perco tudo, tenho os piores vícios alternativos,, quando gosto gosto de verdade, canto que nem idiota, tenho um pontoevírgula tatuado, toco piano pessimamente (?) bem, quero um dia viajar com aqueles carros sem teto, me enrolo, sei dançar U can't touch this, me perco na explicação, frustro-me na internet, sou inconstante da cabeça aos pés (tendeu?), tenho um humor duper flexível (rio de qualquer merda), e vivo e morro.